“Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem.”
Jesus (Mateus, 15:18)
O ensinamento do Mestre, sob o véu
da letra, consubstancia profunda advertência.
Indispensável cuidar do coração,
como fonte emissora do verbo, para que não percamos a harmonia necessária à
própria felicidade.
O que sai do coração e da mente,
pela boca, é força viva e palpitante, envolvendo a criatura para o bem ou
para o mal, conforme a natureza da emissão.
Do íntimo dos tiranos, por esse
processo, origina-se o movimento inicial da guerra, movimento destruidor que
torna à fonte em que nasceu, lançando ruína e aniquilamento.
Da alma dos caluniadores, partem os
venenos que atormentam espíritos generosos, mas que voltam a eles mesmos,
escurecendo-lhes os horizontes mentais.
Do coração dos maus, dos perversos e
dos inconscientes, surgem, através do poder verbalista, os primórdios das
quedas, dos crimes e das injustiças; todavia, tais elementos perturbadores
não se articulam debalde para os próprios autores, porque dia chegará em que
colherão os frutos amargos da atividade infeliz a que deram impulso.
Assim também, a alegria semeada, por
intermédio das palavras salutares e construtivas, cresce e dá os seus
resultados.
O auxílio fraterno espalha
benefícios infinitos, e o perfume do bem, ainda quando derramado sobre os
ingratos, volta em ondas invisíveis a reconfortar a fronte que o emite.
O ato de bondade é invariável força
benéfica, em derredor de quem o mobiliza. Há imponderáveis energias
edificantes, em torno daqueles que mantêm viva a chama dos bons pensamentos a
iluminar o caminho alheio, por intermédio da conversação estimulante e sadia.
Os elementos psíquicos que
exteriorizamos pela boca são potências atuantes em nosso nome, fatores ativos
que agem sob nossa responsabilidade, em plano próximo ou remoto, de acordo
com as nossas intenções mais secretas.
É imprescindível vigiar a boca,
porque o verbo cria, insinua, inclina, modifica, renova ou destrói, por
dilatação viva de nossa personalidade.
Em todos os dias e acontecimentos da
vida, recordemos com o Divino Mestre de que a palavra procede do coração e,
por isso mesmo, contamina o homem.
Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico
Xavier – Lição 97
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sábado, 5 de outubro de 2019
O verbo é criador
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