Indagavas quanto ao Grande Porvir.
A Doutrina Espírita sossegou-te as ânsias,
explicando que te encontras provisoriamente no mundo, a serviço do próprio
burilamento, para a imortalidade vitoriosa.
*
Perguntavas sobre os amargos desajustes entre
corpo e alma, quando a enfermidade ou a mutilação aparece.
A Doutrina Espírita asserenou-te a aflitiva
contenda íntima, explicando que a individualidade eterna se utiliza,
temporariamente, de um corpo imperfeito, como alguém que se vale de instrumento
determinado para determinada tarefa de corrigenda a si mesmo.
*
Inquirias com respeito à finalidade dos
problemas domésticos.
A Doutrina Espírita harmonizou-te o pensamento,
explicando que o lar é instituto de regeneração e de amor, onde retomas a
convivência dos amigos e desafetos das existências passadas, para a construção
do futuro melhor.
*
Interrogavas em torno dos entes amados, além do
túmulo.
A Doutrina Espírita dissipou-te as dúvidas,
explicando que o sepulcro não é o fim, tanto quanto o berço não é o princípio,
e que toda criatura, ao desenfaixar-se dos laços físicos, prossegue na marcha
de aprimoramento e ascensão, do ponto em que se achava na Terra.
*
Interpelavas o campo religioso, acerca da
Justiça Divina.
A Doutrina Espírita suprimiu-te a inquietação,
explicando que Deus não concede privilégios e que, em qualquer estância do
Universo, a alma recebe, inelutavelmente, da vida o bem ou o mal que dá de si
própria.
*
Torturavas a mente, qual se devesses respirar em
cárcere de mistério, toda vez que cogitavas das questões transcendentes da fé.
A Doutrina Espírita acalmou-te, explicando que
ninguém pode violentar os outros, em matéria de crença, acentuando, porém, que
toda fé, para nutrir-se de luz, deve ser raciocinada, em bases de lógica,
porquanto, diante das Leis divinas, cada consciência é responsável pelos
próprios destinos.
*
É necessário valorizar a Doutrina que,
generosamente, nos valoriza. Sustentar-lhe a integridade e a pureza, perante
Jesus que a chancela, é procurar o nosso aperfeiçoamento e trabalhar por nossa
união.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Justiça Divina
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