Sem dúvida, não
nos pede o Senhor votos reluzentes na boca, nem promessas brilhantes.
Jesus não necessita nem mesmo das nossas afirmações
labiais de fé, nem tampouco de manifestações adorativas.
Conta, sim, com a nossa fidelidade, sejam quais forem
as circunstâncias.
Se o dia resplende o céu azul, tenhamos a coragem de
romper com todas as sugestões de conforto próprio, avançando à frente…
Se a tempestade relampeia no teto do mundo, cultivemos
bastante abnegação para sofrer o granizo e o vento, demandando o horizonte que
nos cabe atingir.
De todos os lados, invariavelmente, chegarão apelos
que nos convidam à deserção. Elogios e injúrias, pedrada e incenso aparecerão,
decerto, como procurando entorpecer-nos a consciência, no entanto, a cavaleiro
de uns e outros, é imperioso recordar o Divino Mestre, na pessoa do próximo, e
buscá-lo sem pausa, através do bem incessante.
Somos poucos; no entanto, com Ele no coração, teremos
o suficiente para executar as obrigações com que fomos honrados.
Saibamos conservar a fidelidade, como quem alça
ininterruptamente a luz nas trevas, pois que, em muitos lances da vida,
precisamos muito mais de lealdade no Espírito que de pão para o corpo.
Para que semelhante vitória nos coroe o caminho, tanta
vez solitário e espinhoso, o segredo é suportar, e o lema é servir.
Batuíra /
Chico Xavier – Livro: Paz e renovação
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