Qual
austero gigante que nos guia,
Furioso
e rude e, às vezes, triste e lento,
Passa
o tempo, na Terra, como o vento,
Renovando-te
a senda, cada dia.
Não desesperes, ante o céu nevoento,
Nem
te abatas na estrada escura e fria,
Nascerão
novas flores de alegria
Onde
há charcos de angústia e sofrimento.
O templo, o lar, a fonte, a flor e o ninho…
Tudo
o tempo transforma, de mansinho,
Alterando-se
em luz, penumbra e treva!
Guarda, porém, o amor puro e esplendente,
Que
o nosso amor, agora e eternamente,
É o
tesouro que o tempo nunca leva…
João Coutinho / Chico
Xavier
Livro:
Relicário de luz
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