quinta-feira, 31 de agosto de 2023
quarta-feira, 30 de agosto de 2023
Assim será
“Assim é
aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.” — Jesus. (Lucas,
12:21)
Guardarás inúmeros títulos de posse sobre as
utilidades terrestres, mas se não és senhor de tua própria alma, todo o teu patrimônio
não passará de simples introdução à loucura.
Multiplicarás, em torno de teus pés, maravilhosos
jardins da alegria juvenil, entretanto, se não adquires o conhecimento superior
para o roteiro de amanhã, a tua mocidade será a véspera ruidosa da verdadeira
velhice.
Cobrirás com medalhas honoríficas o teu peito,
aumentando a série dos admiradores que te aplaudem, mas, se a luz da reta
consciência não te banha o coração, assemelhar-te-ás a um cofre de trevas,
enfeitado por fora e vazio por dentro.
Amontoarás riquezas e apetrechos de conforto para a
tua casa terrena, imprimindo-lhe perfil dominante e revestindo-a de esplendores
artísticos, contudo, se não possuis na intimidade do lar a harmonia que
sustenta a felicidade de viver, o teu domicílio será tão somente um mausoléu
adornado.
Empilharás moedas de ouro e prata, à sombra das quais
falarás com autoridade e influência aos ouvidos do próximo, todavia, se os teus
haveres não se dilatam, em forma de socorro e trabalho, estímulo e educação, em
favor dos semelhantes, és apenas um viajor descuidado, no rumo de pavorosas
desilusões.
Crescerás horizontalmente, conquistarás o poder e a
fama, reverenciar-te-ão a presença física na Terra, mas, se não trazes contigo
os valores do bem, ombrearás com os infelizes, em marcha imprevidente para as
ruínas do desencanto.
Assim será “todo aquele que ajunta tesouros para si,
sem ser rico para com Deus”.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 120
sábado, 26 de agosto de 2023
Mais Luz - Edição 645 - 27/08/2023
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Bezerra de Menezes – Humberto de
campos
Ante o Evangelho: A nova era
Mensagem da Semana: Eia agora –
Fonte Viva 119
Poema: Agora – Auta de Souza
Oração: Orando cada dia - Meimei
sexta-feira, 25 de agosto de 2023
Bezerra de Menezes
(...) As
primeiras experiências espiritistas, na pátria do Evangelho, começaram no
problema das curas. Em 1818, já o Brasil possuía um grande círculo homeopático,
sob a direção do mundo invisível. O próprio José Bonifácio correspondia-se com
Frederico Hahnemann. Nos tempos do Segundo Reinado, os mentores invisíveis
conseguem localizar na Bahia, no Pará e no Rio de Janeiro, alguns grupos
particulares, que projetavam enormes claridades no movimento neoespiritualista
do continente, talvez o primeiro da América do Sul.
Antes dessa
época, quando prestes a findar o Primeiro Reinado, Ismael reúne no Espaço os
seus dedicados companheiros de luta e, organizada a venerável assembleia, o
grande mensageiro do Senhor esclarece a todos, sobre os seus elevados
objetivos.
— “Irmãos,
explicou ele, o século atual, como sabeis, vai assinalar a vinda do Consolador
à face da Terra. Nestes cem anos, se efetuarão os grandes movimentos
preparatórios dos outros cem anos que hão de vir. As rajadas de morticínio e de
dor prenderão a alma da Humanidade, no século próximo, dentro dos imperativos
das transições necessárias, que constituem o sinal do fim da civilização
precária do Ocidente… Faz-se mister ampararmos o coração atormentado dos homens
nessas grandes amarguras, preparando-lhes o caminho da purificação espiritual,
através das sendas penosas. É preciso, pois, prepararmos o terreno para a sua
estabilidade moral nesses instantes decisivos dos seus destinos. Numerosas
fileiras de missionários encontram-se disseminadas, entre as nações da Terra,
com o fim de levantar a palavra da Boa Nova do Senhor, esclarecendo os
postulados científicos que surgirão neste século, nos círculos da cultura
terrestre. Uma verdadeira renascença das filosofias e das ciências se
verificará no transcurso destes anos, a fim de que o século XX seja
necessariamente esclarecido, como elemento de ligação entre a civilização em
vias de desaparecer e a civilização do futuro, que se constituirá da
fraternidade e da justiça, porque a morte do mundo, prevista na Lei e nos
profetas, não se verificará por enquanto, com referência às expressões físicas
do globo, mas quanto às suas expressões morais, sociais e políticas. A
civilização armada terá de perecer, para que os homens se amem como irmãos. Concentraremos,
agora, os nossos esforços na terra do Evangelho, para que possamos plantar no
coração de seus filhos as sementes benditas que, mais tarde, frutificarão no solo
abençoado do Cruzeiro. Se as verdades novas deverão surgir primeiramente,
segundo os imperativos da lei natural, nos centros culturais do Velho Mundo, é
na pátria do Evangelho que lhes vamos dar a vida, aplicando-as na edificação
dos monumentos triunfais do Salvador… Alguns dos nossos auxiliares já se
encontram na Terra, esperando o toque de reunir de nossas falanges de
trabalhadores devotados, sob a direção compassiva e misericordiosa do Divino
Mestre.”
Houve na
alocução de Ismael um doce “stacato”.
Depois,
encaminhando-se para um dos dedicados e fiéis discípulos, falou-lhe
brandamente:
— “Descerás às
lutas terrestres com o objetivo de concentrar as nossas energias no país do
Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços. Arregimentarás
todos os elementos dispersos com as dedicações do teu espírito, a fim de que
possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevados
propósitos de reforma e regeneração. Não precisamos encarecer aos teus olhos a
delicadeza de tua missão, mas com a plena observância do código de Jesus e com
a nossa assistência espiritual, pulverizarás todos os obstáculos, à força de
perseverança e de humildade, consolidando os primórdios da nossa obra, que é a
de Jesus, no seio da pátria do seu Evangelho… Se a luta vai ser grande,
considera que não será menor a compensação do Senhor, dele que é o caminho, a
verdade e a vida…”
Havia em toda
a assembleia espiritual um divino silêncio. O discípulo escolhido nada pudera
responder, com o coração alarmado por doces e esperançosas emoções, mas as
lágrimas de reconhecimento caíam-lhe copiosamente dos olhos.
Ismael
desfraldara a sua bandeira à luz gloriosa do Infinito, salientando-se a sua
inscrição divina, que parecia constituir-se de sóis infinitésimos. Uma vibração
de esperança e de fé palpitava em todos os corações, quando uma voz terna e
compassiva, exclamou das cúpulas radiosas do Ilimitado:
— “Glória a Deus nas Alturas e paz na Terra
aos trabalhadores de boa vontade!…”
Relâmpagos de
uma claridade estranha e misericordiosa clareavam o pensamento de quantos
presenciavam o maravilhoso espetáculo, enquanto uma chuva de aromas inundava a
atmosfera de perfumes balsâmicos e suavíssimos.
Sob aquela
bênção maravilhosa, a grande assembleia dos operários do Bem foi dissolvida.
Daí a algum
tempo, no dia 29 de agosto de 1831, no Riacho do Sangue, no Estado do Ceará,
nascia Adolfo Bezerra de Menezes, o grande discípulo de Ismael, que vinha
cumprir no Brasil uma grande missão.
Humberto de Campos — Brasil, coração do mundo, pátria
do Evangelho – Trecho do capítulo 22.
quinta-feira, 24 de agosto de 2023
Eia agora
“Eia agora,
vós que dizeis… amanhã…” — (Tiago, 4:13)
Agora é o momento decisivo para fazer o bem.
Amanhã, provavelmente…
O amigo terá desaparecido.
A dificuldade estará maior.
A moléstia terá ficado mais grave.
A ferida, possivelmente, mostrar-se-á mais crescida de
extensão.
O problema talvez surja mais complicado.
A oportunidade de ajudar não se fará repetida.
A boa semente plantada agora é uma garantia da
produção valiosa no porvir.
A palavra útil, pronunciada sem detença, será sempre
uma luz no quadro em que vives.
Se desejas ser desculpado de alguma falta, aproxima-te
agora daqueles a quem feriste e revela o teu propósito de reajustamento.
Se te propões auxiliar o companheiro, ajuda-o sem
demora para que a bênção de teu concurso fraterno responda às necessidades de
teu irmão, com a desejável eficiência.
Não durmas sobre a possibilidade de fazer o melhor.
Não te mantenhas na expectativa inoperante, quando
podes contribuir em favor da alegria e da paz.
A dádiva tardia tem gosto de fel.
“Eia agora.” — Diz-nos o Evangelho, na palavra
apostólica.
Adiar o bem que podemos realizar é desaproveitar o
tempo e furtar do Senhor.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 119
terça-feira, 22 de agosto de 2023
Agora
Agora,
enquanto é hoje, eis que fulgura
O teu santo
momento de ajudar!…
Derrama, em
torno, compassivo olhar
Estende as
mãos aos filhos da amargura…
Repara!… Aqui
e além, a desventura
Caminha ao
léu, sem pão, sem luz, sem lar,
Acende o
próprio amor! Faze brilhar
A tua fé
tranquila, doce e pura.
Agora! eis o
minuto decisivo!…
Abre teu
coração ao Cristo Vivo,
Não permitas que
o tempo marche em vão.
E ajudando e
servindo sem cansaço,
Alcançarás,
subindo passo a passo,
A glória
eterna da Ressurreição.
Auta de Souza /
Chico Xavier
Livro: Auta de
Souza
sábado, 19 de agosto de 2023
Mais Luz - Edição 644 - 20/08/2023
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O carneiro revoltado – Neio Lúcio
Ante o Evangelho: Aquele que se
eleva será rebaixado
Mensagem da Semana: Em nossas
tarefas – Fonte Viva 118
Poema: Anseio – Iveta Ribeiro
Oração – Bezerra de Menezes
sexta-feira, 18 de agosto de 2023
O carneiro revoltado
Certo carneiro
muito inteligente, mas indisciplinado, reparou os benefícios que a lã espalhava
em toda parte, e, desde então, julgou-se melhor que os outros seres da Criação,
passando a revoltar-se contra a tosquia.
— Se era tão precioso,
— pensava, — por que aceitar a humilhação daquela tesoura enorme? Experimentava
intenso frio, de tempos a tempos, e, despreocupado das ricas rações que recebia
no redil, detinha-se apenas no exame dos prejuízos que supunha sofrer.
Muito
amargurado, dirigiu-se ao Criador, exclamando:
— Meu Pai, não
estou satisfeito com a minha pelagem. A tosquia é um tormento… Modifica-me,
Senhor!…
O
Todo-Poderoso indagou, com bondade:
— Que desejas
que eu faça?
Vaidosamente,
o carneiro respondeu:
— Quero que a
minha lã seja toda de ouro.
A rogativa foi
satisfeita. Contudo, assim que o orgulhoso ovino se mostrou cheio de pelos
preciosos, várias pessoas ambiciosas atacaram-no sem piedade. Arrancaram-lhe,
violentamente, todos os fios, deixando-o em chagas.
O infeliz, a
lastimar-se, correu para o Altíssimo e implorou:
— Meu Pai,
muda-me novamente! Não posso exibir lã dourada… encontraria sempre salteadores
sem compaixão.
O Sábio dos
Sábios perguntou:
— Que queres
que eu faça?
O animal,
tocado pela mania de grandeza, suplicou:
— Quero que a
minha lã seja lavrada em porcelana primorosa.
Assim foi
feito. Entretanto, logo que tornou ao vale, apareceu no céu enorme ventania,
que lhe quebrou todos os fios, dilacerando-lhe a carne.
Regressou,
aflito, ao Todo-Misericordioso e queixou-se:
— Pai,
renova-me!… A porcelana não resiste ao vento… estou exausto…
Disse-lhe o
Senhor:
— Que desejas
que eu faça?
— A fim de não
provocar os ladrões e nem ferir-me com porcelana quebrada, quero que a minha lã
seja feita de mel.
O Criador
satisfez o pedido. Todavia, logo que o pobre se achou no redil, bandos de
moscas asquerosas cobriram-no em cheio e, por mais corresse campo a fora, não
evitou que elas lhe sugassem os fios adocicados.
O mísero
voltou ao Altíssimo e implorou:
— Pai,
modifica-me… as moscas deixaram-me em sangue!
O Senhor
indagou, de novo, com inexaurível paciência:
— Que queres
que eu faça?
Dessa vez, o
carneiro pensou mais tempo e considerou:
— Suponho que
seria mais feliz se tivesse minha lã semelhante às folhas de alface.
O Todo-Bondoso
atendeu-lhe mais uma vez a vontade e o carneiro voltou à planície, na
caprichosa alegria de parecer diferente. No entanto, quando alguns cavalos lhe
puseram os olhos, não conseguiu melhor sorte. Os equinos prenderam-no com os
dentes e, depois de lhe comerem a lã, abocanharam-lhe o corpo.
O carneiro
correu na direção do Juiz Supremo, gotejando sangue das chagas profundas, e, em
lágrimas, gemeu, humilde:
— Meu Pai, não
suporto mais!…
Como soluçasse
longamente, o Todo-Compassivo, vendo que ele se arrependera com sinceridade,
observou:
— Reanima-te,
meu filho! Que pedes agora?
O infeliz
replicou, em pranto:
— Pai, quero
voltar a ser um carneiro comum, como sempre fui. Não pretendo a superioridade
sobre meus irmãos. Hoje sei que os meus tosquiadores de outro tempo são meus
verdadeiros amigos. Nunca me deixaram em feridas e sempre me deram de comer e
beber, carinhosamente… Quero ser simples e útil, qual me fizeste, Senhor!…
O Pai sorriu,
bondoso, abençoou-o com ternura e falou:
— Volta e
segue teu caminho em paz. Compreendeste, enfim, que meus desígnios são justos.
Cada criatura está colocada, por minha Lei, no lugar que lhe compete e, se
pretendes receber, aprende a dar.
Então o
carneiro, envergonhado, mas satisfeito, voltou para o vale, misturou-se com os
outros e daí por diante foi muito feliz.
Alvorada Cristã — Neio Lúcio
quinta-feira, 17 de agosto de 2023
Em nossas tarefas
“… Não
ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes.” — Paulo. (Romanos, 12:16)
“Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às
humildes.” — Recomenda o apóstolo, sensatamente.
Muitos aprendizes do Evangelho almejam as grandes
realizações de um dia para outro…
A coroa da santidade…
O poder da cura…
A glória do conhecimento superior…
As edificações de grande alcance…
Entretanto, aspirar só por si não basta à realização.
Tudo, nos círculos da Natureza, obedece ao espírito de
sequência.
A árvore vitoriosa na colheita passou pela condição do
arbusto frágil.
A catarata que move poderosas turbinas é um conjunto de
fios d’água no nascedouro.
Imponente é o projeto para a construção de uma casa
nobre, no entanto, é indispensável o serviço da picareta e da pá, do tijolo e
da pedra, para que a arte e o reconforto se exprimam.
Abracemos os deveres humildes com devoção ao nosso
ideal de progresso e triunfo.
Por mais árdua e mais simples a nossa obrigação,
atendamo-la com amor.
A palavra de Paulo é sábia e justa, porque, escalando
com firmeza as faixas inferiores do monte, com facilidade lhe conquistamos o
cimo e, aceitando de boa vontade as tarefas pequeninas, as grandes tarefas
virão espontaneamente ao nosso encontro.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 118
Anseio
Admiro,
Senhor,
As cataratas
imponentes
Acionando
turbinas,
De cuja força
e majestade
O progresso
desponta;
Se permites,
porém,
Que algo te
rogue a mais no que me concedeste,
Dê-me a
simplicidade
Que puseste na
fonte.
Admiro,
Senhor,
O tronco alto
e robusto
Que domina a
montanha
E enfrenta sem
receio
A tempestade,
face a face;
Mas, se posso
escolher,
Viveria feliz,
anônima no vale,
Na condição da
erva que se inclina
Para que o
vento passe.
Admiro,
Senhor,
A seara no
campo,
Em plena
afirmação de vitória e fartura,
Recordando um
céu verde
Que em pepitas
douradas se constela;
No entanto, se
consentes
Que me
externe, mostrando o meu desejo,
Quisera ter o
encargo pequenino
Da semente
singela.
Admiro,
Senhor,
Todas as
maravilhas que criaste,
O firmamento,
os sóis, os continentes,
As rochas
entre as quais talhaste a Terra
Sobre imenso
maciço;
Dá-me, porém,
a graça da humildade,
Que eu venha a
ser, no mar de Tua Glória,
Uma gota sem
nome,
Ocupada em
serviço.
Iveta Ribeiro /
Chico Xavier
Livro: Vereda
de luz