sexta-feira, 29 de maio de 2020

Consciência

“Guardando o mistério da fé numa consciência pura.”  Paulo (I Timóteo, 3:9)

Curiosidade ou sofrimento oferecem portas à fé, mas não representam o vaso divino destinado à sua manutenção.
Em todos os lugares, observamos pessoas que, em seguida a grandes calamidades da sorte, correm pressurosas aos templos ou aos oráculos novos, manifestando esperança no remédio das palavras.
O fenômeno, entretanto, muitas vezes, é apenas verbal. O que lhes vibra no coração é o capricho insatisfeito ou ferido pelos azorragues de experiências cruéis...
Claro que semelhante recurso pode constituir um caminho para a edificação da confiança, sem ser, contudo, a providência ideal.
Paulo de Tarso, em suas recomendações a Timóteo, esclarece o problema com traço firme.
É imprescindível guardar a fé e a crença em sentimentos puros.
Sem isso, o homem oscilará, na intranquilidade, pela insegurança do mundo íntimo.
A consciência obscura ou tisnada inclina-se, invariavelmente, para as retificações dolorosas, em cujo serviço podem nascer novos débitos, quando a criatura se caracteriza pela vontade frágil e enfermiça.
Os aprendizes do Evangelho devem recordar o conselho paulino que se reveste de profunda importância para todas as escolas do Cristianismo.
O divino mistério da fé viva é problema de consciência cristalina.
Trabalhemos, portanto, por apresentarmos ao Pai a retidão e a pureza dos pensamentos.

Chico Xavier / Emmanuel – Vinha de Luz – cap.131

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