Pai de
Misericórdia!… Concedeste-me a oportunidade do trabalho, reservando-me honroso
lugar na força dos que te obedecem, satisfazendo aos requisitos da vida! …
Agradeço, oh!
Pai, as atividades com que me garantes a subsistência, entretanto, deixa que eu
te enderece minha gratidão em particular pelos ensinos a que me levas na luz do
cotidiano.
É no esforço
de vender e comprar que te reconheço com mais clareza as leis de solidariedade
e cooperação.
Nas tarefas a
que me conduzes observo, com mais segurança, que nada posso realizar sem os
outros.
Sem receber
não posso dar e, sem dar de mim, em louvor do bem, não posso receber.
Se não
auxiliar, não posso recolher auxílio. Se não amparo como devo, não obtenho o
amparo de que preciso.
Aprendo no
trabalho que me deste, que um cliente está diante de mim, qual a árvore
benfeitora se encontra à frente do pomicultor que a cultiva.
Se lhe dou
atenção e cuidado, posso aguardar a possibilidade de bons frutos em meu próprio
favor, mas se relego a planta à indiferença ou ao menosprezo, nada posso
aguardar senão esterilidade e secura! …
Faze-me
entender que estes mesmos princípios me governam a existência.
Ensina-me,
Deus de Misericórdia, que se guardo a faculdade de ser útil em benefício de
alguém, dependo constantemente de muitos.
Ajuda-me a
reconhecer que o meu campo de relações terá sempre o tamanho do atendimento que
me disponha a realizar em proveito do próximo.
Induze-me a
observar que toda a vida se baseia em amor para os assuntos de elevação e
auxilia-me para que eu dê mais simpatia e bondade para que a bondade e a
simpatia dos outros me favoreçam.
Ampara-me, oh!
Pai de Infinita Misericórdia, para que eu te grave os princípios de luz e paz
nos mecanismos da troca incessante e abençoa-me para que eu te possa realmente
servir, hoje e sempre.
Meimei / Chico Xavier – livro: Sentinelas da alma
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