E todos a uma vez começaram a escusar-se. Disse-lhe o
primeiro: comprei um campo e importa ir vê-lo; rogo-te que haja escusado.”
Jesus – ( LUCAS, 14:18)
Desculpismo sempre foi
a porta de escape dos que abandonam as próprias obrigações.
Irmãos nossos que
tiveram a infelicidade de escorregar na delinquência costumam justificar-se
com vigoroso poder de persuasão, mas isso não lhes exonera a consciência do
resgate preciso.
Companheiros que
arruínam o corpo em hábitos viciosos arquitetam largo sistema de escusas,
tentando legitimar as atitudes infelizes que adotam, comovendo a quem os ouve,
entretanto, acabam suportando em si mesmos as consequências das responsabilidades
a que se afeiçoam.
E, ainda agora, quando
a Doutrina Espírita revive o Evangelho, concitando os homens à construção do
bem na Terra, surgem às pencas desculpas disfarçando deserções:
- Estou muito jovem
ainda...
- Sou velho demais...
- Assumi compromissos
de monta e não posso atender...
- Minhas atribulações
são enormes...
- Obrigações de família
estão crescendo...
- Os negócios não me
permitem qualquer atividade espiritual...
- Empenhei-me a débitos
que me afligem...
- Os filhos tomam
tempo...
- Problemas são
muitos...
Tantas são as evasivas
e tão veementes aparecem que os ouvintes mais argutos terminam convencidos de
que se encontram à frente de grandes sofredores ou de criaturas francamente
incapazes, passando até mesmo a sustentá-los na fuga.
Os convidados para a
lavoura de luz, no entanto, engodados por si próprios, acordam para a verdade
no momento oportuno e, atados às ruinosas consequências da própria
leviandade, não encontram outra providência restauradora senão a de esperarem
por outras reencarnações.
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Emmanuel / Chico
Xavier – Livro: Palavras de vida eterna
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