“Nós somos de Deus.” João (I João, 4:6)
Não nos é
fácil desvencilharmos dos laços que nos imantam aos círculos menos elevados
da vida aos quais ainda pertencemos.
Apesar de
nossa origem divina, mil obstáculos nos prendem à ideia de separação da
Paternidade Celeste.
Cega-nos o
orgulho para a universalidade da vida.
O egoísmo
encarcera-nos o coração.
A vaidade
ergue-nos falso trono de favoritismo indébito, buscando afastar-nos da
realidade.
A ambição
inferior precipita-nos em abismos de fantasia destruidora.
A revolta
forma tempestades de ódio sobre as nossas cabeças.
A ansiedade
fere-nos o ser.
E julgamos,
nesses velhos conflitos do sentimento, que pertencemos ao corpo físico, ao
preconceito multissecular e à convenção humana, quando todo o patrimônio
material que nos circunda representa empréstimo de forças e possibilidades
para descobrirmos nós mesmos, enriquecendo o próprio valor.
Na maioria
das vezes, demoramo-nos no sombrio cárcere da separação, distraídos,
enganados, cegos...
Contudo, a
vida continua, segura e forte, semeando luz e oportunidade para que não nos
faltem os frutos da experiência.
Pouco a
pouco, o trabalho e a dor, a enfermidade e a morte, compelem-nos a
reconsiderar os caminhos percorridos, impelindo-nos a mente para zonas mais altas.
Não desprezes, pois, esses admiráveis companheiros da jornada humana, porquanto,
quase sempre, em companhia deles, é que chegamos a compreender que somos de
Deus.
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Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 84
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